terça-feira, 1 de novembro de 2011



Fecha a janela, meu amor. Não esquece de apagar a luz e ligar o abajur. Deita aqui do meu lado, na nossa cama, na nossa bagunça. Deixa eu adormecer em teu colo enquanto sinto seus dedos suaves entrelaçados em meu cabelo. Canta nossa música bem baixinho no meu ouvido, quase como um sussurro mais baixo que o normal. Diz que me ama e depois me beija, me agarra, não me solta. Fica de conchinha comigo, me abraça por trás, entrelaça teus pés nos meus, beija minha nuca e sorri pra mim. Veste minha camisa e cobre a gente com aquele nosso cobertor surrado. Traz teus lábios até meu pescoço, suas unhas em minhas costas, morde meu lábio e sorri de lado. Morde minha orelha e diz baixinho que me quer, que me deseja, mesmo que saiba que me tem nas mãos. Me acaricia, me mima, me faz ser teu mais do que já sou. Me promete tudo ou não fala nada. Adormece em meus braços, me acorda no meio da madrugada e diz que tá sem sono, me faz ficar contigo até tu dormir de novo. Só me faz ficar. Não importa aonde, como, quando. Se for com você, suportaria dormir no chão da sala em cima de um pano velho rasgado se seu corpo estivesse ao meu lado me esquentando. Deita no meu colo, pede pra ser mimada que eu te mimo. Faz birra, faz bico, faz cara de bebê que eu te beijo. Se for pra acordar e não te ver ao meu lado que seja a sua ausência enquanto tu estiver na cozinha preparando nosso café. Me faz e me refaz, me completa, me usa, me morde, me beija, me toca, me arrepia, me enlouquece, me delira. Só não vai embora depois.
Erick Junior

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